segunda-feira, 28 de julho de 2008

Carlota às avessas: camarão crocante com risoto de presunto de Parma.

Eu sei que a ordem natural das coisas seria ir ao restaurante, provar o famoso prato e depois tentar fazer a receita em casa, como no caso dos pratos inspirados no cardápio do Ruella. Mas eu e a Bia ainda não tivemos a oportunidade de ir ao badalado Carlota, da Chef Carla Pernambuco, nem de degustar o prato mais pedido no lugar.

Porém, a irmã da Bia nos presenteou com o livro “Carlota, Balaio de Sabores” e lá fui eu, tateando sob a orientação da própria criadora do prato, me aventurar a fazer o tal camarão. Ficamos na obrigação de ir até lá conhecer a Chef e provar a versão original para aperfeiçoar o prato. Os ingredientes estão exatamente como na receita dela. A descrição eu resumi um pouco, por questão de espaço. Créditos totais para Carla Pernambuco.

Rendimento: 6 porções
Nível: Médio



Camarões
24 camarões grandes sem casca (com a cauda)
farinha de trigo
óleo para fritar

Tempurá de leite de coco
1 xíc. de amido de milho (maizena)
¾ de xíc. de farinha de trigo
1 colher de sopa de fermento em pó
5 colheres de sopa de vinagre de arroz
500 ml de leite de coco
sal

Misture bem todos os ingredientes e reserve.

Recheio
1 maçã verde sem casca e sem miolo
2 dentes de alho
500g de filés de linguado
1 colher se sopa de coentro picado
1 ½ colher de sopa de molho de peixe
sal
pimenta-do-reino moída na hora

No processador, bater tudo e depois finalizar com o coentro. Acerte o sal e a pimenta. Fazer um corte fundo nas costas de cada camarão e, com uma colher de chá, preencher com o recheio, firmando bem para que não solte ao fritar. Gelar. Na hora de servir, passar os camarões na farinha de trigo, depois mergulhar na massa de tempurá e fritar em óleo bem quente.

Risoto
350g de arroz Carnaroli
4 colheres de sopa de azeite
1 cebola pequena bem picada
1 ½ xíc. de vinho branco seco
1 ½ litro de caldo de frango aquecido
4 colheres de sopa de presunto de Parma picado
200g de parmesão ralado
100g de manteiga sem sal
sal
pimenta-do-reino moída na hora.

Refogue a cebola, no azeite sem deixar dourar. Junte o arroz e refogue por cerca de 2 minutos. Acrescente o vinho branco e reduza o líquido. Aí é ir acrescentando o caldo de galinha, uma concha por vez e deixar reduzir, repetidamente, mexendo sempre. Quando estiver "al dente", acrescentar o presunto de Parma, a manteiga e o queijo ralado, mexendo bem para que fique cremoso. Servir com os camarões imediatamente.

Obs: Adaptei a receita para duas pessoas e o prato ficou MUITO bom.
Obs1: usei arroz arbóreo e molho de ostra, por falta dos ingredientes exatos.
Obs2: coloquei umas duas fatias de Parma no microondas por uns 2 minutos, deixei esfriar e quebrei quase em farelos. Salpiquei os pedaços por cima do risoto na hora de servir, dando ainda mais crocância ao prato.
Obs3: os camarões graúdos eu compei no mercadão, no box do S. Renato. Vale a pena ir lá só pela simpatia dele.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Bolo de Laranja

adaptado da Luna. Um bolo rápido e fofíssimo. Resultado super bacana que fez o maior sucesso por aqui também.

Bolo de Laranja

Ingredientes
4 ovos
1 xic. de suco de laranja
Raspas da casca de uma laranja
1 xícara de óleo
2 xícaras de açúcar
2 xícaras de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento químico

Pré-aqueça o forno em temperatura média. Esprema as laranjas até obter a quantidade desejada. Coloque suco na batedeira, junte os ovo e bata. Acrescente o óleo e bata mais um pouco. Depois o açúcar e a farinha e bata de novo. Por último o fermento e bata mais. Unte e enfarinhe uma forma com furo no meio e leve ao forno. Esse bolo cresce muito, portanto não encha demais a forma. O meu não ficou muito dourado em cima porque eu tirei assim que passou no teste do palito, mas ficou fofíssimo. Depois que eu tirei do forno, furei em cima e despejei mais um pouco de suco.

domingo, 20 de julho de 2008

Frango recheado com queijo minas e calda de maracujá

Segue o prato principal do jantarzinho citado nesse post.

Frango recheado com queijo minas frescal e calda de maracujá

Ingredientes:
1 peito de frango sem osso
Queijo minas frescal q.b(pode ser ricota, caso prefira, eu usei aprox. 3/4 de xic.)
Polpa de meio maracujá
Sálvia q.b
2 col. de açúcar
1 xic. de caldo (fundo) de frango (se não tiver, não use Knor, Maggi. Substitua por água mesmo)
Sal q.b.
Pimenta do Reino q.b.
Presunto de Parma (para envolver os filés) q.b.
óleo de canola q.b.
azeite q.b.
acompanhamento:
aspargos
1 xc. De vinho branco
1 bouquet garni (talos de salsa, folhas de louro e ramos de tomilho)
flor de sal q.b.
Preparo:

Separe o peito em duas partes. Limpe as gordurinhas, abra-os ao meio como uma manta, coloque um saco plástico em cima e com um martelo de carne bata levemente para que fiquem mais uniformes e possam ser recheados. Tempere com sal e pimenta do reino dos dois lados de cada filé. Reserve.
Calda e recheio:
Numa panela, coloque o caldo, a polpa de maracujá sem as sementes e o açucar, deixe reduzir até ficar uma calda relativamente espessa. Mais ou menos um quarto da mistura. Enquanto isso, esmague o queijo com um garfo. Despeje a calda por cima e misture bem. Pique algumas folhas de salvia e agregue ao recheio.
Montagem:
Coloque o recheio no meio dos filés e enrole fechando as laterais. Cubra-os completamente com presunto de parma amarrando com uma linha. Feche as pontas com um palito de dente. Sele os filés em azeite bem quente até dourar. Transfira-os para uma assadeira e leve ao forno pré-aquecido por 20 minutos.
Acompanhamento:
Coloque uma xicara de água, o vinho e o bouquet garni numa panela e deixe ferver. Cubra com uma panela de cozimento a vapor e coloque os aspargos até ficarem macios. Acerte o sal.


por dentro:

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Paella do "Chef" Convidado: Alexandre Vale

Como dito no último post, iniciamos o projeto "Chef" Convidado aqui no Trivial. O Alexandre, daqueles amigos promovidos a irmão, veio fazer uma deliciosa paella aqui em casa, prato que ele aprendeu em terras espanholas, durante sua morada em Barcelona. Eu, Bia e a mulher dele (Dadinha) fizemos o mis en place, cortando todos os ingredientes para o chef, já que ele ia ficar uma hora e meia em pé, mexendo a panela. Eu fiz esta entrada para enganar a fome enquanto a famosa paella ficava pronta. E a Bia também fez um lindo bolo de sobremesa. Aproveitem esse prato pra lá de Nem Tanto.



Dificuldade: média
Rendimento: 15 porções

Ingredientes

500g de peito de frango em cubinhos
500g de filé de peixe em cubinhos
1kg de lulas cortadas em pedaços
500g de polvo cortado em pedaços
500g de mexilhões com casca
500g de camarão
500g de Chorizo (salame espanhol)
1kg de arroz parbolizado
100g de ervilhas naturais
1 litro de caldo de peixe
3 cebolas médias
5 dentes de alho picados
1 pimentão verde
1 pimentão vermelho
1 pimentão amarelo
Cebolinha picada
Salsa picada
Acafrão em pistilos (não o corante)
Açafrão da terra (o corante)
Azeite
Sal a gosto
Pimenta do Reino

Primeiramente, você deve ter uma paellera, espécie de frigideira grande própria para paella. Ganhei uma de teflon (que ajuda bastante a não grudar) no dia dos namorados e usei pela primeira vez nessa paella. Por ser uma panela grande, se você não tiver um fogão com boca grande no centro, posicione a panela usando as duas bocas da frente do fogão para cozinhar.

Refogue a cebola, o alho e os pimentões com azeite e pimenta do reino até dourar. Reserve à parte. Aproveite o azeite e coloque os peitos de frango, deixe dourar um pouco e acrescente o peixe, o chorizo cortado em tirinhas (Chorizo é um tipo de salame espanhol temperado com páprica). Notem que o peixe deve ser mais fibroso, firme, como o cação, para não desmanchar completamente durante as mexidas. Mexa e acrescente a lula e o polvo, que devem ter sido fervidos anteriormente com água e sal. Reserve um pouco desta água fervida e acrescente ao caldo de peixe.

Devolva à paellera a cebola, o alho e os pimentões refogados junto com os frutos do mar. Acrescente o arroz e deixe cozinhar um pouco. Vá, aos poucos, acrescentando o caldo de peixe, até cobrir os ingredientes e junte o açafrão. Dependendo do açafrão, às vezes ele não adquire uma coloração viva, amarelada. Se isso acontecer, acrescente um pouco de pó de acafrão da terra. À medida que for secando a água acrescente mais caldo até acabar e vá mexendo lentamente, alternando os ingredientes pelas bocas para que cozinhem por igual.

Deixe a paella cozinhar e vá acrescentando mais caldo até que o arroz esteja al dente. Retire do fogo e deixe descansar, de preferência coberta com um pano. O arroz vai absorver o excesso de líquido, ficando mais soltinho. Acrescente a cebolinha e a salsa picadas por cima da Paella e decore com os mexilhões (rapidamente fervidos em água e sal) com casca.


Alexandre Vale, ou Dadinho, "Chef" Convidado

Obs: O Alexandre, por ser alérgico à crustáceos, faz os camarões ao alho e óleo separadamente e coloca só no fim, por cima da paella, enfeitando o prato. Mas nada impede você de juntá-los à paella juntamente com o polvo e a lula. Nesta paella, não usamos mexilhões porque não achamos, mas usamos vôngoles (sururu no Ceará). E se não achar chorizo, pode usar um salame temperado ou mesmo um italiano, mas acredite, faz toda a diferença.

sábado, 5 de julho de 2008

Trio de caranguejo, ovas e creme azedo com redução de balsâmico.



Sempre achei bonito os canapés de entrada chamados Blinis Davidoff, clássico com creme azedo e caviar. Estava um dia passeando pelo paraíso gourmet, o Empório Santa Luzia, e vi ovas de capelin em promoção. Claro, são ovas de peixe, mas não é caviar de esturjão, embora tenham me parecido interessantes por serem bem menos salgadas, inclusive no preço.

Bom, as ovas ficaram guardadas na geladeira esperando a chance de virarem uma entrada NEM TANTO, até que no fim-de-semana passado, estreamos o programa “Chef” Convidado aqui no Trivial. Alexandre Vale, grande amigo meu que morou anos em Barcelona, veio preparar uma deliciosa paella, especialidade dele, que eu já havia provado outras vezes e queria colocar aqui no blog. Aí tive a idéia de usar as ovas numa entrada, mas não quis fazer o tradicional blini, pois achava que ia ficar metido demais junto da paella. Tentei então fazer mais informal, em porções em que as pessoas pudessem escolher o que colocar sobre umas torradinhas. Aproveitando a safra de carne de caranguejo que a Bia tinha trazido lá de Fortaleza, surgiu esse trio, que agradou bastante os nossos amigos que vieram prestigiar a paella do Alexandre, que eu prometo postar assim que ele me entregar a receita que eu pedi para ele mesmo escrever.


Dificuldade: média
Serve 15 pessoas

Ingredientes

400g de carne de caranguejo
100 ml de caldo de peixe
1 cebola
2 dentes de alho picados
3 tomates pelados em cubinhos
1 xícara de leite de coco
2 limões
1 vidro de ovas de capelin
200 ml de vinagre balsâmico
1 colher de sopa
Creme de leite fresco
Azeite
Coentro
Sal
Pimenta do Reino

Creme azedo
Misture 200ml de creme de leite fresco com o suco de 1/2 limão. Deixe descansar fora da geladeira por 1 hora e depois coloque para gelar. Na hora de servir, bata com um fouet até que tome consistência de chantilly.

Caranguejo
Descongele a carne de caranguejo, e jogue o suco de meio limão, deixe uns 20 minutos descansando na geladeira. Em uma panela, refogue a cebola com azeite, o alho, depois acrescente os tomates e o coentro. Jogue a carne de caranguejo e misture bem, acrescente o caldo de peixe e tampe. Deixe cozinhar por uns 20 minutos e acresente o leite de coco. Deixe mais uns 10 minutinhos em fogo baixo e desligue. Depois que esfriar, escorra bem todo o caldo, deixando a carne apenas úmida.

Balsâmico
Colocar o vinagre em uma panela de boca larga e deixar reduzir até virar quase um xarope. Ele fica ácido e ligeiramente doce.

Na hora de servir, pincele a redução de baslsâmico em um prato. Depois, faça uma quenelle com o caranguejo, outra com as ovas e mais uma com o creme azedo. Aproveite.