sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Matéria no Guia Buchicho, Jornal O POVO.

Antes de mais nada, quero dizer que cozinhar é nosso sonho, nosso projeto. Depois, quero dizer que Chef é uma palavra que determina o cargo de um cozinheiro que comanda a cozinha de um restaurante. Não somos chefs. Eu sou cozinheiro autodidata, a Bia é estudante de gastronomia e cozinheira em um restaurante de SP. A coluna Dica do Chef, do Buchicho, tem 3 colunistas que são chefs, além dos intrometidos aqui. Fazemos questão de deixar isso claro, como aqui do lado, “os donos da cozinha”, em respeito às queimaduras, aos cortes, aos pratos e aos anos de profissão dos chefs que admiramos em todo o país. Agradecemos ao querido amigo (e editor) Emerson Maranhão pela oportunidade.

Mas pra não baixar muito a bola, podemos nos considerar chefs na nossa cozinha de casa.


Segue uma matéria da qual participamos no Guia Buchicho de hoje, indicando pratos marcantes de restaurantes de Fortaleza. Espero que gostem.
*clique nas imagens para ampliar












*Os Chefs:

Fernando Barroso foi eleito Chef do ano pela Veja Fortaleza várias vezes.

Roberto Markan é dono de um dos restaurantes mais chamosos de Fortaleza, o Moranga.

Lia Quinderé é dona da Sucré Pâtisserie, recente mas já famosa na cidade.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Novidade da semana: Le Petit Trivial Bistro

Bom, como não existe Leo sem Bia, nem Trivial sem o Nem Tanto, esse post foi escrito a quatro mãos. É com grande orgulho que a gente conta pra vocês a opinião de cada um sobre esse projeto que é NOSSO. Esperamos que vocês gostem.



Leo

Era uma garagem, nada engraçada, não tinha personalidade, não tinha nada...

Que a gente adora receber amigos, todos sabem. Na antiga laje (cobertura que morávamos em Fortaleza), fazíamos churrascos, recebíamos os queridos. Quase nunca fazíamos jantares, dado o número de visitantes. Quando viemos para São Paulo, cozinhar virou nosso projeto, nosso futuro. Continuamos com os churrascos, mas toda vez que chovia (e como chove), íamos pra dentro da nossa garagem. Um quadrado branco, sem graça, com uma parede de tijolos aparentes. Mesmo assim, com tanto carinho e a presença de muitas pessoas de bem, sempre foi nosso cantinho. Ali servimos jantares empratados pra 14, 16 pessoas (muito, né?), juntamos casais num dia dos namorados coletivo, fizemos uma linda ceia de Natal repleta de cearenses. Mas faltava algo.

Foi quando tivemos uma idéia. Acho que a pergunta “E SE?” é um atalho pra grandes mudanças. E foi o que fizemos. Pouca verba, muita teimosia minha (eu não consigo enxergar algo “pronto” sem estar pronto, tive que fazer um projetinho no photoshop) e aí está nosso Petit Bistro. Se o Riquinho Rico, no cinema, tinha seu fastfood particular dentro de casa, porque a gente não pode ter o nosso brinquedinho?

O mais legal foi meter a mão na massa, na tinta, nos papeis de presente e de parede. Bem aquele esquema “laje”, em que os amigos vêm e ajudam na reforma. Mas em vez de churrasco, dessa vez teve Paella, que isso é uma laje gourmet.

Em breve, mais novidades sobre o nosso projeto. Aguardem.

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Bia

Quando o Leo alugou essa casa eu estava lá em Fortaleza ainda. Briguei com ele porque achei o aluguel caro (e de fato é), mas depois de dois anos morando aqui, percebo que grande parte do nosso bem estar diário está relacionada à ela. O Davi brinca de motoca pelos corredores do jardim, rola no chão com a Tangerina, pega em bichinhos, pisa na grama, etc... Sempre soube que esse espaço todo seria bom pra ele. Mas quando vi a garagem (ou galpão, ou sei lá com banheiro), pensei imediatamente.... “humm, bom pra gente também!!

O lugar era perfeito pra receber amigos. A entrada é separada, não precisa passar por dentro da casa, tem banheiro, fica perto da cozinha e do lado oposto ao quarto do filho. Simplesmente perfeito, ou quase. Tínhamos a mesa, e só. Charmoso, charmoso não era. Juntamos umas idéias de como mudar o lugar com pouco trabalho e custo. O Leo com seu melhor amigo photoshop fez uma planta /projeto para transformar a garagem num bistrô, o nosso petit bistrô, todo nosso. Fomos aos poucos, com muito pouco dinheiro, transformando o lugarzinho. O Leo teimando que o papel de parede era feio (feio?????), que os porta-retratos não combinavam, que o espelho tinha que ser maior e blábláblá. (Pensem num rapaz teimoso) Mas afinal está ficando prontinho. Falta um detalhe aqui outro ali que a gente vai resolvendo com o tempo. Não ficou lindo?? E esse armário? Bom, sou suspeita. Adorei. Vamos treinando para os projetos futuros usando os amigos de cobaias. Quem se habilita?? :-)
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Bem-vindos


Relíquia


Famíla.


Coisinhas pessoais


Liberdade


Pra criar um clima


Pra ver melhor


Bistro lambe-lambe


Moldura de papéis de presente


Controlando a luz



Agradecimeto Especial: Laís, Panda, Adailma, Alexandre e nossa Ju, a “Preta”, vocês foram fundamentais pra que tudo isso acontecesse. MUITO OBRIGADO.


quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Coluna No 05 - Risoto de Pato com Calda de Laranja

Hoje, lá na nossa casa-terra, saiu mais uma edição da coluna Dica do Chef. Incentivados pelo nosso editor (um amigo meu ali vocês não conhecem não* ) o assunto da vez foi RISOTO. Por vários motivos: 1 - porque adoramos Risoto, 2- porque o povo insiste em servir por aí risoto de arroz tipo 1 (eca!) e a gente deu umas dicas de como fazer um bom exemplar do prato e 3- porque eu não sou abrigada**.

Segue o texto introdutório, a receita e a coluna em anexo. Espero que gostem.

Nada como um bom Risoto.

A palavra “arrozinho”, tradução literal de risotto, não chega à altura desse tradicional prato da região norte da Itália. Do tradicional Risotto Alla Milanese (com açafrão) de 1574 às modernas e criativas adaptações de hoje, este prato se mostra um dos mais versáteis e reconfortantes da culinária, inclusive no Brasil.

Aqui vão dicas preciosas para se fazer um legítimo e delicioso risoto (em português com apenas um “t”):

1- O arroz
Arbóreo, Carnaroli ou Vialone Nano são essenciais. (Alguns chefs fazem até com Basmati.) Mas se for arroz comum, você terá um belo arroz de alguma coisa, não um risoto. Esses grãos especiais são menores e soltam mais amido, o que dá a “liga” que deixa o risoto cremoso.

2- O caldo.
Sempre que puder, faça o caldo de carne, de legumes, de peixe, de frango e de crustáceos. Faz toda a diferença. Aqueles caldos em tabletes, só em último caso.

3- O Vinho certo
Como diz o Jamie Oliver, “o da garrafa azul não”. Nem precisa ser um vinho caro, mas o vinho branco precisa ser decente e SECO. Ele é o primeiro líquido que entra em contato com o arroz. Seu prato merece bons ingredientes.

4- O ponto certo
Fazer o risoto perfeito requer carinho e paciência. O caldo tem que ser adicionado concha a concha, sem nunca parar de mexer. Quando o líquido é todo absorvido, adicione a próxima concha. Prove sempre e desligue o fogo quando o arroz ainda estiver al dente, resistindo um pouco à mordida. É isso mesmo, num legítimo risoto o arroz fica ‘meio durinho’. Nada pior do que um risoto passado, afinal quem gosta de papinha é criança.

Dito isso, se bateu aquela fome de um bom risotinho, corra para o supermercado, compre os ingredientes que a sua criatividade mandar e boa refeição.



Risoto de Pato com Calda de Laranja



Serve 6 pessoas

Ingredientes:

60 ml de azeite de oliva
2 magrets de pato
1,5 l de caldo de carne concentrado (de preferência caseiro e sem sal)
1 cebola pequena cortada em cubos pequenos
6 xícaras de café de arroz arbóreo
200 ml de vinho branco seco
120 g de queijo parmesão de boa qualidade
80 gramas de manteiga sem sal
Sal e pimenta do reino
Calda:
450 ml de suco de laranja
½ xícara de açúcar cristal
100 ml de caldo de carne

Preparo:

Prepare a calda. Misture os ingredientes e deixe reduzir até engrossar um pouco e virar uma calda e reserve. Tempere o pato com sal e pimenta do reino moída na hora. Aqueça metade do azeite numa frigideira antiaderente e sele o pato dos dois lados até ficar dourado. Fatie o magret em tiras finas e reserve. Aqueça o caldo e deixe em fogo brando. Numa panela funda, aqueça o azeite e coloque a cebola. Quando esta estiver translúcida, coloque o arroz e misture bem. Deixe o arroz fritar um pouco e agregue o vinho e mexa sempre até reduzir. Sempre mexendo, vá agregando conchas de caldo uma a uma e deixando quase secar, repita a operação até que arroz esteja quase cozido. Agregue o pato e misture. Quando o arroz estiver “al dente”, finalize o risoto colocando o queijo e mexendo vigorosamente. Coloque a manteiga e tampe por 5 minutos ou até que ela derreta por completo, mexa bem e sirva imediatamente, adicionando a calda de laranja nas bordas do risoto.






* Piada interna dos amigos de Fortaleza
**(Vide Youtube- Betina Botox 2 - Terça Insana)

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Semana de novidades e tapas espanholas

Bom, essa semana foi batizada de Semana de Novidades no Trivial. Como faz tempo que estamos irregulares nas postagens, resolvemos que todos os dias dessa semana terão post novo. Por isso acompanhem, vocês verão as boas surpresas que rondam o Trivial, começando com a Bia trabalhando no Dui, logo abaixo.

Ontem mesmo, estava pensando em fazer uma refeição um pouco mais leve (quem sabe pra ver se deixo de ser “fofíssimo”, né Anônimo, Vh, D. Izumi?), pensei em fazer essa tapa sem usar batatas. E não é que ficou uma delícia?

Tortillas de abobrinha e camarão.



Nível – Fácil
Rendimento: 4 pessoas


Ingredientes
1 abobrinha grande
½ cebola grande em cubinhos
3 ovos
300g de camarão descascado
100 ml de creme de leite fresco
500 ml de caldo de camarão
Azeite extra virgem
Sal
Pimenta do reino a gosto



Limpe os camarões. Coloque o caldo pra ferver, temperado com sal. Branqueie os camarões por 20 segundos no caldo fervente e retire.

Lave a abobrinha, raspe a casca com uma faca e corte ao meio no sentido do comprimento. Com uma colher, retire as sementes e fatie (perpendiculamente) a abobrinha em fatias bem finas. Cozinhe por uns 5 minutos no caldo de camarão salgado, para dar gosto. Retire enquanto ainda estiverem “crocantes”. Refogue as ceboas e as abobrinhas já escorridas. Tempere com sal e pimenta do reino.

Misture os 3 ovos, o creme de leite, tempere com sal e pimenta do reino e bata rapidamente com um garfo, até ficar homogêneo.

Unte bem uma frigideira (de peferência com um pincel) com azeite. Coloque um pouquinho da mistura de ovos e depois cubra o fundo com os camarões, lado a lado. Faça uma camada grossa com a mistura de abobrinhas e coloque mais um pouco da mistura de ovos e tampe. Deixe até que tudo desprenda do fundo da panela e a parte de cima não esteja mais liquida, ao balançar. Agora “escorra” a tortilha para dentro da tampa da panela, para virar dentro da frigideira novamente. Deixe endurecer do outro lado e agora é só cortar em quadradinhos e servir, regado por um bom azeite.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

DUI, agora sim, "in loco"

Olá amigos, esse é um post curto só para dar uma novidade recente para vocês. Alguns sabem que eu trabalhei rapidamente com a chef Bel Coelho em abril. Desde lá fiquei sem babá para me ajudar com o Davi, o que fez com que eu parasse esses meses de trabalhar. Voltando das férias, o problema da babá ainda persiste e estou tentando continuar a faculdade dando mil jeitinhos, trocando de horários e de turmas, mas trabalho mesmo estava difícil porque tenho que optar entre este e o curso. Bom, neste quadro nada positivo eis que semana passada a Bel me liga, infelizmente acabei perdendo a chamada. Falei com ela no dia seguinte e escutei uma proposta ótima que se adequa perfeitamente às atuais circunstâncias. Ela me chamou para trabalhar no DUI aos finais de semana para cobrir umas folgas da equipe que estava dobrando o expediente (sábado e domingo a casa abre para o almoço). Delícia de proposta. Aceitei na hora. Ainda não sei quanto tempo vai durar, mas qualquer trabalho agora já seria ótimo, com a Bel então, perfeito. Trabalhei neste final de semana nas praças de Tapas e Massas. Quem quiser me visitar lá, serão muito bem-vindos.

O Salão do Dui



Um dos pratos da praça de massas, Ravioli de queijo de cabra e beterraba puxado na manteiga, com raspas de limão e macadâmias.



DUI
Al. Franca, 1.590, Região Oeste, São Paulo
Tel.: +11.2649-7952


* fotos de Divulgação

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Camarão em molho de moqueca, arroz de castanha de caju e farofa de maracujá. Isso é Brasil.

Os posts estão raros porque ainda estamos sem babá (se alguém conhece alguma pra indicar, por favor deixe nos comments).


Bom, como vocês sabem, em julho estávamos de férias em Fortaleza. Estar à beira-mar é um presente de Deus. Outro presente, esse dos homens, era o quilo de camarão rosa gigante por R$ 35. Isso mesmo, nada parecido com os “módicos” 90 reais do Mercadão. Numa manhã qualquer, resolvi fazer um almoço para minha mãe, D. Zila (ela reclama que eu não falo dela no blog, então taí) e pra Bia.





Nível: médio
Rendimento: 3 pessoas



Ingredientes
1kg camarões rosa gigantes (aprox. 15 camarões)
2 cebolas grandes
1 col. sopa de pimentão amarelo picado
1 col. sopa de pimentão vermelho picado
1 col. sopa de Pimentão verde picado
4 colheres sopa de castanhas de caju
1 colher de sopa de salsa picada
2 dentes de alho
1 cenoura
1 talo de alho poró
2 folhas de louro
1 dose de cachaça
Óleo de canola
Azeite
Azeite de dendê
Leite de coco
Margarina
Farinha de mandioca
Suco de 2 maracujás sem sementes
Castanha de caju quebrada
Arroz branco cozido soltinho.
Sal
Pimenta do Reino




Arroz de Castanhas
Arroz refogado no óleo, água (duas medidas de água para uma de arroz), sal. Cozinhe semi-tampado, quando secar, desligue o fogo e mantenha tampado por mais alguns minutos. Solte com um garfo e ele ficará soltinho. Quebre as castanhas de caju enroladas num pano com um rolo de macarrão e acrescente ao arroz.


Farofa de maracujá.
Coloque o suco de maracujá numa panela, e acrescente 4 colheres de sopa de margarina e deixe derreter, misturando ao suco. Jogue 300g de farinha de mandioca e misture bem, até ficar sequinha. Corrija o sal, pimenta do reino e reserve.

Camarões
Quando descascar os camarões, deixe a pontinha da cauda. Depois, com uma faca bem afiada, faça um corte raso nas costas do camarão, para tirar o fio preto que passa nessa região (tubo digestivo). Tempere com sal e pimenta do reino.


Caldo de camarão.
Junte numa panela: 1,5 litro de água, as cascas e as cabeças dos camarões, 1 cebola em cubinhos, 1 dente de alho, a cenoura em cubinhos, o alho poró (higienizado) em rodelinhas e as folhas de louro. Deixe ferver em fogo baixo por aproximadamente 2 horas e coe. Reduza até ter meio litro de caldo bem concentrado. Separe 200ml e congele o resto para outras receitas.

Molho de moqueca.
Aqueça 1 colher de sopa de azeite de dendê. Refogue 1 cebola picada, 1 dente alho picado e depois acrescente os pimentões. Junte 200 ml do caldo de camarão concentrado e 50 ml de leite de coco e deixe ferver. Tempere com sal e pimenta do reino.

Aqueça uma frigideira, acrescente o azeite e salteie rapidamente os camarões, sem cozinhar demais. Jogue a dose de cachaça e flambe. Jogue salsinha picada por cima.



Agora é só servir os camarões com o molho de moqueca por cima, o arroz e a farofa. Bom apetite.