Bem, continuando as apresentações.
Eu sou Leo, marido da Bia, pai do Davi. 30 anos, redator publiciário, pernambucano que morou a vida inteira no Ceará (isso explica algumas expressões que vocês talvez não entendam – pelo menos os não cearenses). Hoje, por conta da minha profissão, moramos em São Paulo. Leo, o pai ocupado que se mete a cozinhar nas horas vagas; Bia, a mulher mais linda e cheirosa do mundo, de tempero levemente apimentado; Davi, menino iluminado, que herdou da mãe uma doçura inigualável, um cheiro inconfundível e que parece mesmo ter nascido de uma pimenteira. Ah, e a Tangerina, a incrível cadela com nome de fruta – uma beagle de 2 anos que insiste em fazer maluquices o dia inteiro.
Esta é a nossa família, junto com os parentes e amigos que ficaram em Fortaleza e os retirantes de todas as partes do Brasil que vêm à casa para se divertir e comer as coisas que inventamos por aqui. Tem uma moça de um
blog que gosto de ler que lançou o programa Vítimas Culinárias. E olha que ela dá um banho na cozinha. O fato é que eu e a Bia, mesmo sem saber, vitimizamos nossos amigos há um bom tempo. E o pior (?) é que eles gostam.
Aos desavisados, quero deixar claro que este blog é uma brincadeira. Algo sem obrigação, assim como é – pelo menos para mim – cozinhar. Um dia, espero, escrever aqui e cozinhar vão se tornar atividades mais sérias.
Na cozinha, a Bia é mais fã do
Trivial . Sua farofa é idolatrada e aplaudida nos 4 cantos deste país e já ouvi até que nunca deveria largá-la por conta da citada iguaria.
Eu, por minha vez, sou fã do
Nem tanto . Não por frescura. Adoro a comidinha da mamãe e a da Bia (claro). Comer, como de tudo, com felicidade. Mas na hora de fazer...adoro coisas difíceis, testar receitas demoradas e tentar reproduzir a apresentação dos pratos dos grandes chefs. Ora para provar a mim mesmo que eu consigo fazer, ora para comer algo que eu não poderia pagar num restaurante famoso. Por enquanto, minha única especialidade é sujar tudo que há na cozinha para fazer um prato. Mas eu lavo, viu? Aqui não tem espaço pra machismo.
Por enquanto, sigo receitas, invento umas loucuras, leio, pesquiso, testo, aprendo e – principalmente - ERRO o máximo que posso.
Espero que vocês gostem do que vão achar por aqui. Caso não, critiquem, corrijam, sugiram e ensinem.
Agora eu tenho que ir que o Davi está com ciúmes do computador.
Sejam todos bem-vindos.
Ps: Tradutor de Cearês eletrônico > No post anterior da Bia, CANELAU é tudo que é mais humilde, simples; uma expressão quase pejorativa, mas que nós usamos com carinho e com bastante freqüência. Afinal, tapioca, farinha e pirão são itens de altíssimo nível e não costumamos negar as origens.