sábado, 27 de setembro de 2008

Steak Tartar.



Fazer um blog sobre comida é engraçado. A gente sempre prepara umas coisas que gostamos e outras nos desafiam, afim de aprender novas técnicas e descobrir novos ingredientes; receitas que um dia constarão em nosso cardápio durante um jantar com amigos ou no nosso futuro restaurante. O problema é que pessoas são diferentes, então nem todo mundo gosta de tudo. Tem sempre o amigo alérgico a camarão (ou o que tem medo deles, né Jaime?), o que não come peixes, o vegetariano, o que não gosta de cebola. O bom é que, cada vez mais, temos que nos tornar versáteis para qualquer ocasião. Já que sempre fazemos muitos peixes e frutos do mar, resolvemos acabar com a falta de carnes aqui no Trivial. Esta vai para meu compadre Maranhão, que não come quase nada que vem do mar. Só falta ele me dizer que não come carne crua, heheh.

Esta é uma receita fácil, gostosa e que fica com um sabor extremamente suave, de autoria do Chef Erick Jacquin. Acompanhe de torradinhas e um bom vinho vermelho. Em breve, a Bia vai postar o prato principal que ela fez na “noite do filé”.

Difuculdade: fácil
Rendimento: 1 porção (4 pessoas)


Ingredientes


750g de filé mignon moído na hora
2 gemas
2 colheres sopa de mostarda (Dijon)
2 colheres sopa de ketchup
6 colheres sopa de cebola picada
1 colher sopa de alcaparras picadas
1 colher sopa de pepino pequeno picado
2 colheres sopa de salsinha picada
1 colher sopa de cebolinha francesa picada
Tabasco
Sal
Pimenta-do-reino
Molho inglês

Modo de preparo
Numa tigela apoiada sobre um recipiente com água e gelo, misture a carne com todos os outros ingredientes. Verifique o tempero e corrija, se necessário. Coloque um anel de molde sobre um prato individual, encha com um pouco da mistura, pressionando para dar o formato. Desenforme e decore a seu gosto.



Dica: Eu prefiro cortar o filé em cubinhos minúsculos do que mandar moer. Acho que a textura fica melhor do que quando o filé é moído.

Ps1: Usei uma forma quadrada.

Ps2:
Na receita original, ele acompanha salada e batatas fritas. Eu preferi usar um vinagrete de mostarda (1 colher de sopa de mostarda, 1 colher de sopa de azeite e 2 colheres de sopa de vinagre batidos com um garfo).

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Trivial Profissional.

O Trivial está em festa. Minha linda mulher, a Bia, começou hoje o seu primeiro estágio em uma cozinha profissional. Nada menos que um lugarzinho na cozinha da Cantina Vino!, que tem como chef o Rodrigo Martins, ex-sócio do Jefferson Rueda no Pomodori. Ainda não é certo dela ficar, mas o tempo que durar já vai ser uma entrada com o Croc direito. E o pseudo-aprendiz-de-cozinheiro-amador fica aqui, com a maior inveja do mundo (das boas). Ô megasena difícil...hehehe.

Sorte e sucesso meu amor, você merece.

Ps: E tem muito mais coisa para rolar. Aguardem novidades.

Ps2: Fica aqui um grande beijo e nosso agradecimento à querida Cris Lopes da WorldWine, que amarrou as duas pontas do cadarço.

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Ostras gratinadas. (Saudade da praia 2)

Aproveitando que eu ia refazer a receita do Tartar de Ostras do Eñe por conta da falta de fotos, resolvi testar outra receita com ostras, que nos serviu de entrada antes dos maravilhosos crepes da Bia.

Chequei as receitas disponíveis na web e resolvi misturar com uma receita mediterrânea, que fiz uma vez num churrasco de frutos-do-mar aqui em casa. Eram espetinhos de mexilhão, lula e camarão que levavam laranja, orégano fresco e coentro. Joguei as duas receitas no liqüidificador e saiu esta entrada. Gostei porque a laranja fica mais suave, sem esconder tanto o sabor da ostra quanto o limão. Ficaram tão boas que até eu me assustei, hehe.




Dificuldade: fácil
Rendimento: 2 ou 3 porções

Ostras gratinadas com laranja, orégano e coentro.

6 ostras
¼ de cebola em cubinhos bem pequenos
1/2 dente de alho picado
2 xícaras de creme de leite fresco
1 colher de sopa de farinha de trigo
suco de ½ laranja
raspas da casca de 1/2 laranja
1 colher de sopa de coentro picado
1 colher de sopa de orégano fresco picado
Vinho branco seco
Queijo ralado
Sal (ou Flor de sal)
Pimenta do reino moída na hora
Azeite


Ostras

Comece lavando as ostras por fora. Depois coloque uns 3 dedos água e um pouquinho de vinho branco em uma panela, sem encher muito, e leve para ferver. Coloque as ostras com a parte funda virada para baixo, assim elas manterão o líquido da parte de dentro. Ferva até que elas comecem a abrir.

Retire as ostras e espere esfriar um pouco. Com a ajuda de uma faca pequena, abra as ostras, com cuidado para não quebrar as ostras nem desperdiçar o líquido, que você deve reservar. Descarte o lado menos fundo da ostra e, com a mesma faca, separe toda a carne, deixando solta dentro do lado mais fundo da concha. Tempere cada uma com sal, pimenta do reino, um pouco de suco de laranja e uma pitada de coentro e orégano. Reserve.

Molho

Refogue rapidamente a cebola e o alho no azeite, jogue meia xícara de vinho branco e deixe evaporar. Acrescente o líquido das ostras, o creme de leite e vá incorporando a farinha de trigo. Quando começar a espessar, desligue e com, a ajuda de uma colher, preencha cada concha, cubrindo a carne da ostra com a “massa”. Agora é só polvilhar queijo ralado por cima e finalizar com as raspas da laranja. Leve ao forno pré-aquecido por uns 15 minutos ou até dourar.



Agora é comer e lamber os dedos.

Ps: Repito. Ostras são potencialmente perigosas caso não estejam frescas.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Crepes com recheio de camarão e truta ao molho de gorgonzola

O Leo pediu um jantarzinho levinho e na hora eu pensei num crepe, algo que a gente não fazia há séculos. Aproveitei um molho de gorgonzola que ele tinha feito* na noite anterior e que tinha sobrado bastante. E a nossa geladeira está com sérios problemas de conservação, então precisava dar cabo de dois filés de truta e quase meio quilo de camarão antes que estragasse. Dessa mistura surgiu um prato rápido e muito gostoso. Segue a sugestão:



Crepes do mar ao molho de gorgonzola

Ingredientes:
Massa:
1 pitada de sal

165ml de leite

8 colheres (sopa) de farinha de trigo

2 ovos
Molho:
½ cebola picada
1 dente de alho
200 g de gorgonzola
250 ml de creme de leite fresco
noz moscada q.b.
sal q.b.
Recheio:
Dois filés de truta
300g de camarão médio
½ cebola picada
2 dentes de alho picados
8 tomates cereja picados sem semente
sal q.b.
pimenta do reino q.b.
azeite q.b.
cebolinha francesa

Preparo:

Massa: bata todos os ingredientes no liquidificador e deixe descansar por meia hora. Antes de usar dê uma batidinha rápida. Esquente uma frigideira antiaderente e coloque um pouco de azeite, apenas dessa vez. Despeje a massa, espalhe na frigideira de forma a obter um crepe fininho. Deixe cozinhar dos dois lados. Repita a operação até o final da massa.
Molho: Amasse o gorgonzola com um garfo. Refogue a cebola em um pouco de azeite quente, junte o alho e refogue mais um pouco. Junte o gorgonzola e deixe derreter um pouco. Coloque o creme de leite e mexa até que todo o queijo tenha se incorporado ao creme de leite. Rale a noz-moscada, mas não muita, afinal estamos mexendo com sabores suficientemente marcantes. Acerte o sal. Nesse momento eu recomendaria neste caso algo que eu acabei não fazendo. Bater o molho depois de pronto no liquidificador. Depois vendo as fotos, achamos que as cebolas deram uma estética esquisita ao resultado final.
Recheio: Comece pelo camarão. Cozinhe-o em bastante água e sal. Descasque-os e reserve. Tempere o filé de truta com sal e pimenta do reino e grelhe até dourar. Retire a pele e despedace o peixe grosseiramente. Na mesma frigideira refogue a cebola, depois o alho, junte o camarão, o peixe e o tomatinho e deixe cozinhar por alguns minutinhos. Para finalizar coloque umas três colheres de sopa do molho e misture bem. Acerte o sal.
Montagem: Há inúmeras maneiras de servir um crepe. Você pode recheá-lo como uma paqueca, fazendo um formado comprido. Pode recheá-lo e dobra-lo em quatro com um triângulo ou fazer uma trouxinha e amarrar em cima como na foto. Coloque uma quantidade não tão generosa senão o crepe pode rasgar ou não fechar facilmente. Amarre com a cebolinha francesa (com muito cuidado porque elas rompem facilmente), despeje o molho quente por cima e sirva imediatamente.



P.s.: A massa de crepe foi livremente adaptada do blog Taste in Haven
*O prato do Leo realizado na noite anterior fica para um outro post.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Saudade da praia.

Ontem recebemos em casa 3 grandes amigos de Fortaleza e, para lembrar da nossa querida Praia do Futuro, fiz uma entradinha que já estava doido pra testar. À primeia vista, chega a ser um desafio descobrir o que é. Cozinha molecular? Não, apesar do aspecto, nada mais natural que tomates cereja recheados com um suave tartar de ostras. A receita é dos irmãos catalães do Restaurante Eñe, aqui em São Paulo, e já saiu em várias revistas. Os caras acertaram em cheio: uma entrada muito simples de fazer, visualmente linda, com gostos suaves que vão, devagarzinho, revelando um sabor de mar. De prato principal, uma receita de truta que eu prometo postar em breve.



Ah, como não tirei fotos na hora de servir, tive que refazer o prato. A primeira execução foi do meu jeito.
Na segunda foto, a execução original, reproduzindo o que eles fazem no Eñe.

Apresentação a la Eñe


Dificuldade: média
Rendimento: 4 porções.


Tartar de ostras com tomate de Colgar do Eñe.


Ingredientes

12 ostras médias

12 tomates-cereja



2 tomates sem pele e sem sementes 

1 cebola

Ceboulette

Suco de 1/2 limão
Sal
pimenta-do-reino a gosto

Azeite extra-virgem a gosto




Modo de preparo

Prepare os tomates-cereja, retirando o “talo” e escadando-os em água
fervente durante 10 segundos. Escorra e coloque imediatamente em uma vasilha
com gelo para dar um choque térmico (interrompendo o cozimento). Retire
toda a pele e, pelo buraco feito na retirada do talo, use uma faca pequena para retirar as sementes. 



Abra as ostras, retire-as da concha e pique finamente.
Não dispense as conchas. Elas serão o
suporte na hora de servir.

Pique a cebola e os outros tomates e misture com as
ostras. Depois tempere com sal e pimenta a gosto,
azeite e limão.





Montagem
Recheie os tomates-cereja com o tartar de ostra e
coloque cada tomatinho dentro de uma concha, que deve
estar devidamente escovada e limpa.
Finalize com um fio de azeite, um pouco de pimenta do reino e uma pitada de sal. (Eu usei flor de sal.)

Obs1: lembre-se que ostras são potencialmente perigosas caso não estejam frescas.

Obs2: de tão delicados, os tomates tendem a desmanchar, por isso manuseie com cuidado. Cheguei a pensar que foi muito trabalho para pouco prato, mas os elogios depois me fizeram desistir de pensar assim.

Obs3: reza a lenda que o nosso Davi foi feito após uma tarde devorando ostras na Praia do Futuro. Nada a declarar, hehehe.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Brioches do Technicolor Kitchen


Adoro fazer pães. Vivo atrás de receitas novas pra fazer aqui em casa. Sempre perto do final de semana que é pra quando bater aquela fominha, lançar mão daquele pãozinho caseiro e não ter trabalho nenhum. Brioche é definitivamente um dos meus pães favoritos "ever". Já testei algumas poucas receitas, mas essa da Patrícia do blog Technicolor Kitchen é a melhor de todas até então. O pãozinho fica macio e encorpado ao mesmo tempo. Uma delícia. Já fiz duas vezes, na primeira coloquei numa forma de bolo inglês e como ele é muito fofo e cresce MUITO ficou meio difícil de cortar sem despedaçar. Na segunda, fiz as bolinhas e coloquei numa assadeira. Renderam 12 pãezinhos grandinhos, um pouco menores que um de hamburguer. Receita recomendadíssima. Ahh... a receita dela leva raspas de laranja mas eu não coloquei porque queria um pãozinho simples.

Brioches

250ml de leite morno
20g de fermento biológico fresco
500g de farinha de trigo
75g de açúcar
1 pitada de sal
1 ovo
75g de manteiga, derretida e fria
manteiga derretida para pincelar os brioches - cerca de 1 colher (sopa) (passei gema de ovo e polvilhei sementes de papoula)

Preparo:
Peneire a farinha em uma tigela grande e faça uma cova no meio. Despeje o leite, adicione o fermento esfarelado e uma colher (chá) de açúcar. Misture um pouco com uma colher, umas duas ou três vezes, mas deixe ainda pedaçudinho. Cubra com um pano e deixe fermentar por 15 minutos. Eu coloquei dentro do microondas pra ficar mais abafadinho. A mistura fica cheia de bolhinhas. Junte os ingredientes restantes (a farinha da tigela, o açúcar, as raspas de laranja, o sal, o ovo e a manteiga) e misture bem, até a bola de massa se desgrudar da tigela. Se necessário, coloque mais um pouco de farinha. Eu pus um pocuo mais sem medir. Mas observei o conselho da Pat de não colocar muita para o pão não ficar duro.Cubra e deixe crescer novamente, desta vez por 45 minutos. A massa quase dobra de volume. Misture novamente e coloque a massa numa superfície enfarinhada. Corte pedaços iguais e faça as bolinhas. Coloque numa forma untada e enfarinhada. Pincele a manteiga (eu passei as gemas e polvilhei sementes de papoula) e leve ao forno pré-aquecido até dourarem.