segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Almôndegas de cordeiro com linguine ao molho rústico de tomates, azeitonas pretas e rúcula.
Já fiz essa massa em outras ocasiões. Tinha provado com o pessoal da agência, almoçando num italiano chamado La Pasta Gialla, no Itaim. Mais uma vez resolvi “adivinhar” a receita e misturar com umas coisinhas que eu tinha em casa.
Como eu ia fazer uns kebabs na casa de um grande amigo (próxima receita), tinha comprado carne de cordeiro moída. Achei que ficaria perfeito com a massa se fizesse umas almôndegas. Digamos que é uma macarronada de domingo, um pouco mais incrementada.
Um prato totalmente rústico e muito bom. Vale a pena tentar.
Para 4 pessoas
500g de carne de cordeiro moída.
Sal
Pimenta do Reino
1 gema de ovo
1 colher de sopa de alecrim fresco picado
Azeite ou oleo para fritar.
8 tomates pelados (ou 2 latas de tomates pelados)
1 cebola grande picada
1 dente de alho picado
4 colheres de sopa de azeitonas pretas cortadas
1 taça de vinho tinto seco
Folhas de rúcula a gusto
1 pacote de linguine grano duro
Se você encontrar lombo ou pernil desossado de cordeiro, peça para moer. Eu encontrei alguns espetos de kafta de cordeiro prontos, descongelei, desmanchei e temperei do meu jeito. O problema do espetinho de kafta congelada é que vem temperado com pimenta síria e cominho, o que desvirtua um pouco a receita. Mas confira os ingredientes do tempero no pacote antes de comprar. Se for temperado com creme de cebola e hortelã, tudo bem.
Adicione o alecrim, pimenta do reino, um pouco de sal e a gema do ovo. Misture bem e faça 12 bolinhas médias. Frite em azeite de oliva ou oleo, dourando de todos os lados. Vai ficar um pouco cru no meio, mas você vai terminar de cozinhar no próprio molho de tomates.
Com uma faca, faça um X na parte de baixo dos tomates Tire a pele dos tomates mergulhando em água fervente por alguns segundos. Corte grosseiramente, com sementes e tudo. Ou abra duas latas de tomate pelado e corte grosseiramente, deixando pedaços irregulares.
Refogue a cebola com azeite, acrescente o alho picado e os tomates, com o líquido que havia na própria lata. Refogue e deixe cozinhar por alguns minutos. Acrescente o vinho e deixe cozinhar por uma hora, completando com água caso seque demais. O ideal é ficar um molho bem grosso mesmo, com alguns pedaços. Nos últimos 20 minutos, coloque a azeitona e as almôndegas. Desligue o fogo, coloque um bom punhado de rucula cortada, mexa e tampe.
Cozinhe o linguine em água fervente com sal até ficar al dente. Misture com o molho e sirva com as almôndegas por cima.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Polenta cremosa com mascarpone, ragu de cogumelos e mini rúcula.
A primeira vez que eu comi polenta cremosa foi no restaurante La Frontera. Depois experimentei várias outras e sempre achei a primeira a melhor. Tentei fazer a primeira vez e ficou sofrível. Não tinha gosto. Bom, faz bastante tempo. Algum tempo de cozinha depois, e com umas dicas de uma amiga que trabalhou lá, cheguei num ponto em que já considero que posso servir em um jantar ou confortar uma roda de amigos num dia mais frio.
Chame os mais chegados, abra uma boa garrafa de tinto italiano e divirta-se.
Polenta
250 g de polenta italiana
1 litro e meio de caldo caseiro (carne, frango ou legumes)
2 colheres de de manteiga gelada
100 g de queijo mascarpone
100g de queijo parmesão ralado
Ragu de cogumelos
300g de shitake fresco cortado em tiras
1 dente de alho picado
1 colher de sopa de manteiga sem sal
Ervas picadas
1 taça de um bom vinho tinto seco
Lave e escorra bem o shitake, pressionando com papel toalha. Derreta a manteiga e acrescente o alho. Deixe alguns segundos até soltar o cheiro e acrescente o stihake. Mexa bem. Ele vai absorver a manteiga, mas depois vai soltar um pouco de água. Tempere com um pouco de sal e pimenta do reino. Deixe secar um pouco e acrescente o vinho e uma concha do caldo (eu usei de carne) e as ervas bem picadas. Deixe reduzir até ficar bem pouco molho. Verifique o sal e pimenta do reino, desligue o fogo e acrescente um pouco de manteiga gelada e mexa bem.
Aqueça o caldo (o ideal é um caldo feito em casa, mas você pode usar um caldo pronto). Coloque um pouco de sal e, quando ferver, vá colocando a polenta aos poucos mexendo sempre com um fouet para não empelotar, até ficar bem cremosa. Acrescente o mascarpone, sempre mexendo. Desligue o fogo, prove e corrija o sal. Acrescente a manteiga gelada a termine de mexer até derreter completamente.
Agora é só servir a polenta com o ragu e colocar um pouco de mini rúcula (higienizada) por cima. Um fio de azeite e manja che te fa bene.
Ps: agradecendo ao grande Duda Tajes pela linda foto que ele tirou.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Bouchées de frutos do mar do Chez Patrick
Quem conhece os pequenos lugares de Fortaleza, certamente já ouviu falar no Chez Patrick. É o tipo de restaurantinho quase secreto, que pouca gente vai, mas que esconde uma riqueza gastronômica incrível. Patrick é francês e mora em Fortaleza há anos. O restaurante, escondidinho nas ruas da Praia de Iracema, mais parece um bar de beira mar, com suas mesas de plástico branco. Porém, sentar à noite debaixo da árvore no seu quintal e provar sua comida é uma experiência incrível, além de barata.
Da última vez que fui lá, com meus amigos Kleyton, Marcela (parabéns ao casal gravidinho) e Neno, provei esta entrada, que é uma delícia. Nada mais que uma massa folheada recheada de camarões e mexilhões puxados na manteiga de escargot (uma manteiga de ervas preparada para fazer Escargots à la Bourguignonne, mas que vai muito bem com outros acompanhamentos). Eu, que não tenho muita prática com patisserie, comprei uma massa folheada no supermercado.
Teste em casa e, se você morar em Fortaleza ou passar por lá, visite o Patrick, prove a entrada e coma seus deliciosos filés.
Ingredientes (para 2 pessoas)
1 caixa de massa folheada larga
100g de camarões médios descascados
100g de mexilhões frescos, sem a concha e limpos
4 tomates cereja
250 gramas de manteiga sem sal
2 dentes de alho picados BEM miúdo
2 cebolas pequenas picadas BEM miúdo
2 colheres de sopa de salsinha bem picada
1 colheres de sopa de cerefólio bem picado
sal e pimenta a gosto
noz moscada a gosto
suco de 1/2 limão
Deixe a manteiga em temperatura ambiente (manteiga pomada). Numa vasilha, misture todos os ingredientes com uma espáula até ficar bem homogêneo. Deixe descansar por 30 minutos. Você vai usar só uma parte, mas essa manteiga dura 10 dias na geladeira, tampada.
Aqueca o forno a 180ºC. Corte a massa em retângulos de 5x8 cm (ou quadrados, ou no formato que você quiser). Pincele a parte de cima da massa com uma gema de ovo bem batida. Em uma assadeira umedecida, coloque a massa descongelada para assar por 30-45 minutos, até ficar bem dourada e crocante. Teste apertando levemente com os dedos na lateral. Com uma faca, faça um "buraco" no centro da massa, sem chegar até o fundo e retire o "miolo". Se a massa ainda estiver crua no meio, devolva ao forno por alguns minutos.
Enquanto isso, aqueça uma frigideira. Tempere os frutos do mar com sal e pimenta branca. Coloque uma generosa porção de manteiga na frigideira e puxe os camarões e mexilhões até que os camarões estejam rosados. Se sua frigideira for muito pequena, fazer em duas vezes, porque se colocar tudo junto, os frutos do mar vão soltar muita água, gerando um caldo ralo e aguado.
Agora monte o prato. Corte os tomates cereja em 4, coloque nas extremidades do prato. Coloque os frutos do mar dentro de cada "buraco" na massa folheada, regando com um pouco mais da manteiga de ervas e tampe com a parte dourada que você tinha retirado com a faca.
Distribua alguns mexilhões / camarões ao redor do prato e regue com o resto do molho. Agora é só aproveitar.
Leo.
Pra quem quiser conhecer o Chez Patrick, segue o endereço:
Rua Tomás Lopes, 104 - Praia de Iracema
Fortaleza - CE, 60060-260
(85) 3219-2746
Ps: Obrigado, Duda Tajes pela foto
segunda-feira, 19 de julho de 2010
"Tombe Dur", ou o famoso Cai-duro Chic.
Bom, pediram pra não demorar 6 meses pra postar de novo, então eu prometo tentar um pouco de regularidade.
Todas as segundas-feiras eu faço esse sanduíche em casa. Já virou tradição. No Ceará não chamamos o hotdog de dogão, ele é cai-duro. Daí veio a tradução literal, brincadeira do meu amigo Marcos Paulo, que aproveitou os ingredientes "afrescalhados" para chamar de Tombe Dur.
Bom, o que importa é que fica bom, e se eu fosse você, experimentava fazer em casa.
Esse post não tem nenhum patrocinador, mas vou dizer todas as marcas, assim você consegue reproduzir exatamente o gosto do Tombe Dur em casa.
1 salsicha tipo Húngara Eder
1 pão francês ou bagette de boa qualidade
3 pepinos em conserva (Picles Hemmer, condimento suave)
Molho de tomate caseiro
Queijo Gruyére finamente fatiado
A salsicha húngara tem pedaços de carne e carne de porco, é ligeiramente apimentada e defumada. Pra mim, é o que dá o gosto todo especial a este hotdog. As salsichas viena (comum em hotdogs) e a Frankfurt (muito leve, na minha opinião) não chegam nem perto do sabor dessa. Se não achar, recomendo comprar linguiça calabresa defimada e cozida, do tipo fina. Ela parece uma salsicha de hotdog. Na embalagem da Eder, há o tempo de cozimento sugerido da salsicha. Ferver a água, desligar o fogo e colocar a salsicha por 5 minutos.
O molho de tomate leva cebola e alho refogados, tomates pelados cortados, 1 taça de vinho branco e salsinha picada. Cozinhar tudo, corrigir o sal e pimenta do reino e só .
Corte os pepinos numa espécie de julienne.
Agora é só montar, no pão francês (carioquinha) ou bagette. Primeiro os pepinos, depois a salsicha cozida, o molho e uma generosa cobertura de queijo gruyére. Eu uso um maçarico para gratinar o queijo, mas você pode tentar no forno. O problema é o risco de ressecar demais o pão.
Batatas chips, um bom ketchup, uma boa mostrarda, por favor. Afinal o cachorrinho merece.
E uma Leffe Blond pra dar um toque final.
Leo
Ps: agradecendo ao grande amigo Duda Tajes pela foto tirada.
Todas as segundas-feiras eu faço esse sanduíche em casa. Já virou tradição. No Ceará não chamamos o hotdog de dogão, ele é cai-duro. Daí veio a tradução literal, brincadeira do meu amigo Marcos Paulo, que aproveitou os ingredientes "afrescalhados" para chamar de Tombe Dur.
Bom, o que importa é que fica bom, e se eu fosse você, experimentava fazer em casa.
Esse post não tem nenhum patrocinador, mas vou dizer todas as marcas, assim você consegue reproduzir exatamente o gosto do Tombe Dur em casa.
1 salsicha tipo Húngara Eder
1 pão francês ou bagette de boa qualidade
3 pepinos em conserva (Picles Hemmer, condimento suave)
Molho de tomate caseiro
Queijo Gruyére finamente fatiado
A salsicha húngara tem pedaços de carne e carne de porco, é ligeiramente apimentada e defumada. Pra mim, é o que dá o gosto todo especial a este hotdog. As salsichas viena (comum em hotdogs) e a Frankfurt (muito leve, na minha opinião) não chegam nem perto do sabor dessa. Se não achar, recomendo comprar linguiça calabresa defimada e cozida, do tipo fina. Ela parece uma salsicha de hotdog. Na embalagem da Eder, há o tempo de cozimento sugerido da salsicha. Ferver a água, desligar o fogo e colocar a salsicha por 5 minutos.
O molho de tomate leva cebola e alho refogados, tomates pelados cortados, 1 taça de vinho branco e salsinha picada. Cozinhar tudo, corrigir o sal e pimenta do reino e só .
Corte os pepinos numa espécie de julienne.
Agora é só montar, no pão francês (carioquinha) ou bagette. Primeiro os pepinos, depois a salsicha cozida, o molho e uma generosa cobertura de queijo gruyére. Eu uso um maçarico para gratinar o queijo, mas você pode tentar no forno. O problema é o risco de ressecar demais o pão.
Batatas chips, um bom ketchup, uma boa mostrarda, por favor. Afinal o cachorrinho merece.
E uma Leffe Blond pra dar um toque final.
Leo
Ps: agradecendo ao grande amigo Duda Tajes pela foto tirada.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Enfim, de volta. "Carpacho de carne de sol com pesto de coentro"
Bom, há muito tempo eu não apareço por aqui. Mas estou de volta e, se tudo der certo, pra ficar.
Ano passado fui a um encontro de blogueiros no Mocotó, do Chef Rodrigo Oliveira, e provei o que ele chama de "Carpacho, o carpaccio pro cabra macho". Era delicioso e eu já tinha pensado em curar carne de sol em casa. Depois de uma aula com o próprio Rodrigo e a Ana Luiza Trajano, descobri que era mais simples do que eu pensava.
O caso é que existem algumas possibilidades para se curar carne de sol. É um processo de conserva através do sal, porém o sol ou o sereno (sim, há uma carne de sol no "vento") ajudam a evaporar mais rápido os líquidos que saem da carne. Na opção do sereno, há a possibilidade de simular na própria geladeira.
Existem vários níveis de cura. O Rodrigo sugere, no caso da geladeira, 24h. Outro detalhe que aprendi com o Chef é que o ponto ideal de sal é 3% do peso da carne. Em sal grosso. Caso seja uma peça grande, sugere-se fazer uma manta (talhar a carne com uma faca, em cortes fundos) para que a carne salgue "por igual". Como eu uso pedaços pequenos, não faço o mesmo.
Eu fiz em 2 processos. Uma parte no sol, outra na geladeira. O sol é importante porque dá um certo "defumado", característico da carne de sol nordestina.
No Mocotó, eles fazem com coxão duro, mas depois cozinham no vácuo. Uma carne mais macia para o processo caseiro é mais recomendável. Geralmente eu uso uma peça de lagarto, mas dessa vez achei um bombom de alcatra bonito e bem limpo, resolvi testar. Mas pode ser também filé, ou a carne de sua preferência.
Ingredientes
500g de lagarto ou carne de sua preferência
15g de sal grosso
Manteiga de garrafa
Coentro fresco
Alho
Azeite
Sal
Castanha de caju granulada
Queijo coalho ralado
Como a peça de alcatra era mais larga, cortei ao meio no sentido longitudinal, fazendo dois pedaços mais compridos da carne.
Dividi 7,5g de sal para cada pedaço e massageei bem a carne para firmar o sal.
Levei a carne ao sol (coberta com uma peneira, para evitar as moscas) sobre uma grade (para pingar a água), das 9 da manhã às 4 da tarde. Depois coloquei na geladeira por mais 10 horas, até o dia seguinte de manhã.
Aí lavei rapidamente e sequei a carne. Depois foi só selar de todos os lados até o ponto desejado, com manteiga de garrafa. Na verdade, o processo é mais o de um rosbife que de um carpaccio. Se preferir, deixe mais uns 10 minutos em forno médio, para um ponto menos rosado.
Agora é fazer o pesto. Junte umas 2 colheres de sopa de coentro bem picadinho, meio dente de alho picado ou amassado, azeite o sufuciente para cobrir e sal a gosto. Depois acrescente as castanhas de caju trituradas e mexa bem. Prove o sal e o alho.
Caso queira fatiar a carne com um fatiador (peça o favor para aquele cara do mercadinho onde você compra a carne), convém deixar a carne congelar. Se quiser um formato mais cilíndrico, envolver antes de congelar com papel filme, apertando bem. Eu deixei mais triangular, rústico mesmo. Dá para fatiar na faca, caso você tenha uma bem afiada e um pouco de paciêcia. Foi o que eu fiz.
Sirva as finas fatias lado a lado, regando com o pesto de coentro e finalizando com queijo coalho ralado.
Um pãozinho para acompanhar e bem vindo ao nordeste.
* Obrigado aos que esperaram. De verdade.
- Leo
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Sirigado em cama queijo coalho e bananas caramelizadas.
O post abaixo falou sobre o jantar que fizemos em Fortaleza, o Trivial Entre Amigos de Verão. Para quem ficou curioso sobre as receitas. Segue a de um dos pratos principais, que saiu na coluna do jornal O POVO.
Vale ressaltar que o texto da coluna era parecido com o do post anterior, acrescentando a parte em que damos o crédito do molho a dois grandes chefs brasileiros, o Claude Troisgros e a Bel Coelho (com quem a Bia trabalhou recentemente). O nosso molho foi adaptado de receitas deles. Já a parte da banana e queijo, é uma clara referência ao tradicional peixe à delícia, que sempre está presente nas mesas cearenses. De mais, há ainda uma homenagem conceitual às nossas jangadas, que descansam sobre algumas "toras" de madeira, antes de partirem em direção ao mar.
Aproveitem e se arrisquem: é fácil de fazer e uma delícia.
abraço a todos
Leo e Bia.
INGREDIENTES
Molho:
> 200g de manteiga(ou o suficiente para cobrir as cebolas)
> 200g de cebola fatiada
> 50ml de shoyu
> 100g de passas sem sementes
> 100g de castanha picada grosseiramente
> 30ml de creme de leite fresco
> Coentro picado
> Sal q.b.
Peixe:
> 8 pedaços de filé de sirigado (200g cada)
> 2 ovos
> 200g de farinha panko (ou pão amanhecido ralado)
> Sal e pimenta do reino q.b.
Cama:
> 8 fatias finas de queijo coalho
> 16 fatias de banana
> Manteiga para fritar
MODO DE PREPARO
Derreta a manteiga em fogo baixo e coloque as cebolas, deixe cozinhar até que fiquem macias, sem ferver. Bata no liquidificador e acrescente o shoyu. Volte o molho para o fogo e coloque as passas, a castanha e uma pitada de sal. Acerte a textura do molho com o creme de leite e finalize com o coentro na hora de servir. Para o peixe é só temperar os filés com sal e pimenta do reino, passar apenas um lado no ovo batido e depois na farinha panko. Sele os peixes do azeite começando pelo lado da crosta. Finalizar a cocção no forno entre 10 e 15 minutos. Enquanto isso, frite as bananas e o queijo coalho na manteiga. Para servir coloque duas fatias de banana e uma de queijo coalho no centro do prato, uma colher do molho por cima e o peixe com a crosta virada para cima.
Ps: Refizemos a foto para a coluna. Já a segunda foto é do dia do jantar, que uma amiga nos enviou.
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Trivial Entre Amigos
sábado, 23 de janeiro de 2010
Trivial Entre Amigos de Verão - Especial Fortaleza
Acho que este é o post mais longo do blog. Por isso mesmo estamos colocando primeiro as fotos, pra você que só gosta de ler as figurinhas. heheh.
Depois vêm os textos sobre uma das noites mais emocionantes pra gente. Cozinhar "em casa" é a melhor coisa do mundo, mesmo que não seja dentro da nossa moradia.
Este é um relato feliz de um jantar feito com amor para 26 bons amigos. Aproveite .
Convite/Cardápio
Mesa pra 26
Amigos por todos os lados
Amigos por todos os lados
Amuse Bouche: bolinho de batata e gruyére com redução de melaço de cana. Deu nem tempo de tirar a foto.
Entrada: Lagosta gratinada em vinagrete de tamarindo e aioli.
Ou: Salada de folhas com figos secos e gorgozola.
Principal: Sirigado em cama de queijo coalho e bananas caramelizadas.
Ou: Risoto de pato defumado com calda de laranja.
Mil folhas Alencarinas: biscoito de rapadura, creme de capim santo, caramelo e granité de água de coco.
Brigada feliz e cansada: Leo, Bia, Henrique "Amy". À esquerda, a querida amiga-irmã Mariana
Teve ainda os mini-bolos-de-rolo, lindos e delicados, que a Bia fez, pra acompanhar nosso café coado gourmet, aromatizado com amêndoas...melhor, impossível.
O Jantar: Por Leo
Quando a gente confirmou que ia passar o fim de ano em Fortaleza, a primeira coisa que os amigos disseram foi: tem que rolar um Trivial Entre Amigos aqui.
Ficamos um bom tempo pensando a respeito. Não que a gente não quisesse cozinhar para nossos queridos amigos. É que, como são muitos, tínhamos que achar a melhor forma de fazer. Lugar, quantidade de convidados e o cardápio.
Bom, um amigo sugeriu o Bar do Arlindo, um dos nossos lugares preferidos de Fortaleza. Um botecão sem frescura, que a gente adora. Seria num domingo, aberto só para os nossos 26 convidados. E acreditem, as vagas foram disputadas às tapas. O lugar e as pessoas eram os mais queridos possíveis, então tínhamos os ingredientes perfeitos para um de nosso jantares. É semre muito bom cozinhar “em casa” mesmo sem estar na nossa casa. Com umas velinhas e umas toalhas sobre as mesas de plástico, transformamos nosso boteco em um pequeno bistro, mesmo que por uma noite.
O cardápio: ah, o mar. Sempre brincamos que o Ceará está à beira do “mediterrâneo” (nada contra o nosso querido Atlântico, é só uma referência às possiblidades que aprendemos com nossos amigos europeus) e, graças a Deus, ladeados pelo sertão. Êta lugarzinho pra nos dar ainda mais possibilidades. Terra e mar. Lagosta e tamarindo, peixe e castanha, melaço de cana, capim santo, rapadura…
Não sei se você percebeu, mas dissemos lá em cima: 26 convidados. Imagine servir couvert, amuse bouche, entrada, prato principal e sobremesa para 26 pessoas com uma brigada de 3 pessoas. Se não fosse o grande Marcelo, garcon do Bar e os queridos Amintas e Cláudia, que apareceram pra ajudar a servir, teríamos ficado ainda mais perdidos.
Mesmo asssim, com apenas 6 bocas de um fogão industrial e uma salamandra (isso, o bar não tem forno, porque não precisa), servimos as 26 pessoas sem grandes problemas. Lembramos da querida Chef Roberta Sudbrack, tamanha a falta de tecnologia à disposição e o empenho necessário a superar esse pequeno detalhe. Aliás, como ela tanto nos inspira, tinha um pouquinho dela conosco, na receita da sobremesa.
Foi uma noite emocionante, perfeita, que queremos repetir o mais rápido possível.
Ps: conceitualmente, o jantar era 100% cearense. Começou e terminou com rapadura. E o Peixe tinha em baixo 3 "toras", queijo e banana, como uma jangada indo para o mar.
O Jantar: Por Bia
*** diretamente de Fortaleza.
Todas as vezes que o avião vai pousando no Pinto Martins eu viro para o Davi e digo:
- Chegamos em casa filho. Em Fortaleza.
São Paulo é a nossa morada há dois aos e meio. E é sem dúvida uma cidade fascinante, mas gosto de pensar nela mais como um pouso. A minha casa simbólica, mítica, com família, esquinas que eu conheço desde pequena, lembranças da escola, da faculdade, das festas, das viradas de ano, dos natais, do nascimento do Davi... está tudo aqui. No meio do calor, dos amigos, dos pais, dos irmãos, vamos “sacando” essas memórias e junto com elas, muitos sorrisos (ou risadas sem fim). Estar aqui é estar leve, suada e feliz!
Depois que eu larguei a profissão de produtora e virei cozinheira, nunca mais havia trabalhado na minha cidade. Um jantarzinho aqui, um tira-gosto ali, só de curtição e nunca trabalho. Fico achando que precisamos fechar ciclos para começar outros. Como diria Rachel de Queiroz em Dora, Doralina, “e a cobra mordeu o rabo e eu voltei pra Soledade”. Ou seja, simbolicamente trabalhar (no caso, cozinhar) para “os nossos” seria um fechamento de ciclo, a abertura de um outro, a cobra mordendo o rabo.
Resolvemos então realizar um jantar em Fortaleza para os amigos mais chegados. Alguns deles. Porque infelizmente para atender todos os amigos mais chegados precisaríamos de umas três edições do Trivial Entre Amigos de Verão (para 26 pessoas).
Foi uma noite de domingo estrelada. O lugar era perfeito. Tínhamos até garçom (nosso fiel amigo de outros carnavais, Marcelo). Todos pontuais. Os pratos iam saindo de maneira macia. Reposições de couvert até que todos estivesem no seu cantinho. Da cozinha ouvíamos o burburinho, as gargalhadas. De vez em quando corríamos nos salão para ouvir a piada. Cada vez que íamos ao salão, os rostos pareciam mais satisfeitos. Não só pela comida, pela restauração.... mas felizes por nós. Porque estávamos conseguindo realizar nossos sonhos, e eles estavam vendo, sentindo e provando esse sonho junto conosco naquela noite.
Deu tudo certo. Lindamente certo. Tudo encontrou o seu lugar naquela noite. A cobra mordeu o rabo e eu não me vejo mais longe de Fortaleza... pelo menos no pensamento, por enquanto.
Alguns números:
12 reposições de couvert
4 itens de couvert, fora os pães
26 bolinhos de batata com gruyére (uns a mais porque a gente também é filho de Deus)
21 pratos de lagosta assada com vinagrete de tamarindo, aioli e salada
5 saladas de figos com vinagrete de mel
8 risotos de pato defumado com molho de laranja
1 risoto de cogumelos com escalope de filé
17 peixes com crosta de panko e cama de banana e queijo coalho
26 sobremesas (mil-folhas alencarino com creme de confeiteiro de capim-santo)
Muitos mini-bolinhos de rolo.
30 pessoas muito felizes (contando com os quatro do serviço)
Agradecimentos especiais:
- Luiz e Sônia, que gentilmente cederam o espaço e a cozinha do bar para a gente realizar o jantar. E aceitaram ser nossos convidados, para provar nossa comida.
- Ao Chef Valdir do restaurante Tilápia, que nos passou o contato do Rogério, fornecedor de peixes, que nos vendeu pelo mesmo preço que faz para o restaurante. Box do Aldenor -25 e 26 – no Mercado de peixes do Mucuripe.
- Henrique “Amy Winehouse”, grande cozinheiro e amigo de faculdade da Bia que, na ausência da Preta, nos ajudou muitíssimo nesse jantar. Valeu Amy.
- Aos amigos que enviaram suas fotos para este post.
Depois vêm os textos sobre uma das noites mais emocionantes pra gente. Cozinhar "em casa" é a melhor coisa do mundo, mesmo que não seja dentro da nossa moradia.
Este é um relato feliz de um jantar feito com amor para 26 bons amigos. Aproveite .
Convite/Cardápio
Mesa pra 26
Amigos por todos os lados
Amigos por todos os lados
Amuse Bouche: bolinho de batata e gruyére com redução de melaço de cana. Deu nem tempo de tirar a foto.
Entrada: Lagosta gratinada em vinagrete de tamarindo e aioli.
Ou: Salada de folhas com figos secos e gorgozola.
Principal: Sirigado em cama de queijo coalho e bananas caramelizadas.
Ou: Risoto de pato defumado com calda de laranja.
Mil folhas Alencarinas: biscoito de rapadura, creme de capim santo, caramelo e granité de água de coco.
Brigada feliz e cansada: Leo, Bia, Henrique "Amy". À esquerda, a querida amiga-irmã Mariana
Teve ainda os mini-bolos-de-rolo, lindos e delicados, que a Bia fez, pra acompanhar nosso café coado gourmet, aromatizado com amêndoas...melhor, impossível.
O Jantar: Por Leo
Quando a gente confirmou que ia passar o fim de ano em Fortaleza, a primeira coisa que os amigos disseram foi: tem que rolar um Trivial Entre Amigos aqui.
Ficamos um bom tempo pensando a respeito. Não que a gente não quisesse cozinhar para nossos queridos amigos. É que, como são muitos, tínhamos que achar a melhor forma de fazer. Lugar, quantidade de convidados e o cardápio.
Bom, um amigo sugeriu o Bar do Arlindo, um dos nossos lugares preferidos de Fortaleza. Um botecão sem frescura, que a gente adora. Seria num domingo, aberto só para os nossos 26 convidados. E acreditem, as vagas foram disputadas às tapas. O lugar e as pessoas eram os mais queridos possíveis, então tínhamos os ingredientes perfeitos para um de nosso jantares. É semre muito bom cozinhar “em casa” mesmo sem estar na nossa casa. Com umas velinhas e umas toalhas sobre as mesas de plástico, transformamos nosso boteco em um pequeno bistro, mesmo que por uma noite.
O cardápio: ah, o mar. Sempre brincamos que o Ceará está à beira do “mediterrâneo” (nada contra o nosso querido Atlântico, é só uma referência às possiblidades que aprendemos com nossos amigos europeus) e, graças a Deus, ladeados pelo sertão. Êta lugarzinho pra nos dar ainda mais possibilidades. Terra e mar. Lagosta e tamarindo, peixe e castanha, melaço de cana, capim santo, rapadura…
Não sei se você percebeu, mas dissemos lá em cima: 26 convidados. Imagine servir couvert, amuse bouche, entrada, prato principal e sobremesa para 26 pessoas com uma brigada de 3 pessoas. Se não fosse o grande Marcelo, garcon do Bar e os queridos Amintas e Cláudia, que apareceram pra ajudar a servir, teríamos ficado ainda mais perdidos.
Mesmo asssim, com apenas 6 bocas de um fogão industrial e uma salamandra (isso, o bar não tem forno, porque não precisa), servimos as 26 pessoas sem grandes problemas. Lembramos da querida Chef Roberta Sudbrack, tamanha a falta de tecnologia à disposição e o empenho necessário a superar esse pequeno detalhe. Aliás, como ela tanto nos inspira, tinha um pouquinho dela conosco, na receita da sobremesa.
Foi uma noite emocionante, perfeita, que queremos repetir o mais rápido possível.
Ps: conceitualmente, o jantar era 100% cearense. Começou e terminou com rapadura. E o Peixe tinha em baixo 3 "toras", queijo e banana, como uma jangada indo para o mar.
O Jantar: Por Bia
*** diretamente de Fortaleza.
Todas as vezes que o avião vai pousando no Pinto Martins eu viro para o Davi e digo:
- Chegamos em casa filho. Em Fortaleza.
São Paulo é a nossa morada há dois aos e meio. E é sem dúvida uma cidade fascinante, mas gosto de pensar nela mais como um pouso. A minha casa simbólica, mítica, com família, esquinas que eu conheço desde pequena, lembranças da escola, da faculdade, das festas, das viradas de ano, dos natais, do nascimento do Davi... está tudo aqui. No meio do calor, dos amigos, dos pais, dos irmãos, vamos “sacando” essas memórias e junto com elas, muitos sorrisos (ou risadas sem fim). Estar aqui é estar leve, suada e feliz!
Depois que eu larguei a profissão de produtora e virei cozinheira, nunca mais havia trabalhado na minha cidade. Um jantarzinho aqui, um tira-gosto ali, só de curtição e nunca trabalho. Fico achando que precisamos fechar ciclos para começar outros. Como diria Rachel de Queiroz em Dora, Doralina, “e a cobra mordeu o rabo e eu voltei pra Soledade”. Ou seja, simbolicamente trabalhar (no caso, cozinhar) para “os nossos” seria um fechamento de ciclo, a abertura de um outro, a cobra mordendo o rabo.
Resolvemos então realizar um jantar em Fortaleza para os amigos mais chegados. Alguns deles. Porque infelizmente para atender todos os amigos mais chegados precisaríamos de umas três edições do Trivial Entre Amigos de Verão (para 26 pessoas).
Foi uma noite de domingo estrelada. O lugar era perfeito. Tínhamos até garçom (nosso fiel amigo de outros carnavais, Marcelo). Todos pontuais. Os pratos iam saindo de maneira macia. Reposições de couvert até que todos estivesem no seu cantinho. Da cozinha ouvíamos o burburinho, as gargalhadas. De vez em quando corríamos nos salão para ouvir a piada. Cada vez que íamos ao salão, os rostos pareciam mais satisfeitos. Não só pela comida, pela restauração.... mas felizes por nós. Porque estávamos conseguindo realizar nossos sonhos, e eles estavam vendo, sentindo e provando esse sonho junto conosco naquela noite.
Deu tudo certo. Lindamente certo. Tudo encontrou o seu lugar naquela noite. A cobra mordeu o rabo e eu não me vejo mais longe de Fortaleza... pelo menos no pensamento, por enquanto.
Alguns números:
12 reposições de couvert
4 itens de couvert, fora os pães
26 bolinhos de batata com gruyére (uns a mais porque a gente também é filho de Deus)
21 pratos de lagosta assada com vinagrete de tamarindo, aioli e salada
5 saladas de figos com vinagrete de mel
8 risotos de pato defumado com molho de laranja
1 risoto de cogumelos com escalope de filé
17 peixes com crosta de panko e cama de banana e queijo coalho
26 sobremesas (mil-folhas alencarino com creme de confeiteiro de capim-santo)
Muitos mini-bolinhos de rolo.
30 pessoas muito felizes (contando com os quatro do serviço)
Agradecimentos especiais:
- Luiz e Sônia, que gentilmente cederam o espaço e a cozinha do bar para a gente realizar o jantar. E aceitaram ser nossos convidados, para provar nossa comida.
- Ao Chef Valdir do restaurante Tilápia, que nos passou o contato do Rogério, fornecedor de peixes, que nos vendeu pelo mesmo preço que faz para o restaurante. Box do Aldenor -25 e 26 – no Mercado de peixes do Mucuripe.
- Henrique “Amy Winehouse”, grande cozinheiro e amigo de faculdade da Bia que, na ausência da Preta, nos ajudou muitíssimo nesse jantar. Valeu Amy.
- Aos amigos que enviaram suas fotos para este post.
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