Esta semana fomos conhecer um restaurante novo, o Chou, que fica em Pinheiros. Sempre converso com a Bia sobre como seria um restaurante nosso e, em cada lugar que vamos, analisamos o atendimento, a decoração e o cardápio enquanto montamos o “Trivial Bistrot” na nossa cabeça. O Chou foi uma agradável surpresa no quesito tamanho/estilo/decoração. Curtimos o clima descontraído, o cardápio com poucas opções, a idéia de algumas receitas serem feitas na brasa, o quintal charmoso onde tínhamos reservado a mesa e as mantas para quem fica com frio. Algumas coisas de lá com certeza entrarão em nosso projeto, incluindo algumas inspirações tiradas do cardápio.
Duas pequenas frustrações: a Chef divulgou o Chou em várias revistas com a foto de seus cogumelos portobello na brasa e de um polvo crocante. Foi isso que me levou até lá. Desde o caminho, coloquei na cabeça que o polvo ia acabar e, não sei porque, esqueci de reservar logo na chegada. Óbvio que acabou e lá fiquei eu, como disse a Bia, feito um menino de 2 anos quando lhe tomam um brinquedo. Outra impressão que ficou é que, apesar das ótimas idéias no cardápio, a execução se perde um pouco. Os cogumelos estavam sem sal. Mas isso se corrige fácil, vai. Na falta do polvo, pedimos costeletas suínas (perfeitas) e umas batatas assadas (tinham acabado também), que foram substituídas por um purê rústico de batatas com azeitonas pretas (infelizmente, gelado). Bom, ainda volto para comer o polvo e deixo aqui a indicação: vão, conheçam e tirem suas conclusões. Até porque a Chef deve ir corrigindo essas pequenas falhas com o tempo. Acho que o restaurante bombou rápido demais e ela se perdeu um pouquinho. Só lembrem de reservar o prato quando chegarem, caso queiram algo específico. Ah, e provem a frittella, que estava perfeita.
Dito isso, seguem os cogumelos que fiz à minha maneira, adivinhando a receita da Gabriela Barretto. Usei shitake na falta de portobello e, claro, acendi a churrasqueira em plena segunda-feira à noite. Afinal, eles tinham que ir à brasa para saírem com gostinho de fumaça. Um bom prato para quem é vegetariano, mas eu que não sou, coloquei caldo de carne no cozimento dos cogumelos desidratados que eu tinha à mão.
Nível: facílimo
Rendimento: 2 porções
6 cogulemos shitake grandes
1 xícara de avelãs trituradas
2 pães de forma sem casca dormidos
Queijo parmesão em lascas
Salsa
1 dente de alho
1 cubo de caldo de carne (ou de legumes)
2 colheres de sopa de manteiga
Azeite
Sal
Pimenta do reino
Cogumelos
Se os cogumelos forem frescos, lavar, secar bem pressionando com um pano de prato e temperar com sal e pimenta do reino. Se forem desidratados, ferver um litro de água com um caldo de carne, desligar e mergulhar os cogumelos na água quente, deixando por uns 10 ou 15 minutos. Depois, secar e temperar como descrito acima. No fim, tirar os talos dos cogumelos.
Salsa de avelã
Picar as avelãs grosseiramente. Colocar os pães de forma em um triturador e bater, deixando ainda alguns pedacinhos maiores, sem que vire totalmente farinha. Levar as migalhas ao forno pré-aquecido (150oC) por 6 a 10 minutos, tirando antes que dourem. Derreter a manteiga, refogar o dente de alho, acrescentar 2 colheres de sopa de salsa picada e as migalhas de pão e mexer bem. Não tenha medo do sal, já que as avelãs tendem a dar um sabor mais adocicado.
Agora é só colocar a massa sobre os cogumelos e levar à grelha por uns 5 a 10 minutos. (Ou forno pré-aquecido)
Para montar, 2 ou 3 cogumelos por prato, jogue alguns talinhos de salsa por cima, para decorar e o queijo parmesão em lascas. Regue com bastante azeite e boa refeição.
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4 comentários:
Eu querooooooooooo!!
Parece uma quadro!
abs,
Nina.
Anaquim, finalmente um que você pode, hein?
Nina, obrigado. Vindo de você, o elogio é ainda maior, volte sempre.
Não gosto de cogumelos....
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